Pela primeira vez na história, a população mundial terá menos crianças do que pessoas idosas, segundo previsão de especialista das Nações Unidas (ONU). O cenário deve se tornar realidade em um futuro próximo. A previsão é de que o número de pessoas com mais de 60 anos aumente mais do que o dobro globalmente – de 900 milhões em 2015 para mais de 2 bilhões em 2050.
As informações foram mencionadas pela especialista independente das Nações Unidas sobre o os direitos humanos das pessoas idosas, Rosa Kornfeld-Matte, durante a Conferência Internacional sobre o Envelhecimento em Brdo, na Eslovênia. Para ela, o envelhecimento da população constitui uma das transformações demográficas mais importantes do século 21, e soluções para garantir o direito de envelhecer com dignidade devem ser tomadas pelo governo.
De acordo com Kornfeld-Matte, há uma lacuna de proteção existente que precisa ser resolvida, e relatório global deve abordar todos os aspectos e indicar a implementação de instrumentos existentes, nas diversas áreas temáticas, relacionados as pessoas idosas. A Conferência Internacional sobre o Envelhecimento reuniu representantes dos Estados, dos organismos regionais e internacionais e da sociedade civil, em de abril, para discutir formas e meios de fortalecer efetivamente os idosos.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que o número de idosos deve chegar a 58,4 milhões nos próximos 45 anos. Cenário bastante preocupante para assegurar a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar, além do impacto na Previdência. Em dezembro, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mais de 6,1 milhões tinham 60 anos ou mais de idade, o que representa 12,3% do total, e crescimento considerável em relação ao porcentual registrado a cinco anos atrás, de 10,7%.
Agência CNM, com informações da ONU e da ANS