O Setor de Fauna (Sefau) da Secretaria Estadual do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Seades) e o Comando Ambiental da Brigada Militar apreenderam no dia 13 de janeiro, em Novo Hamburgo, mais de cem aves de várias espécies silvestres – entre nativas e exóticas – e domésticas. Os animais encontravam-se em um precário depósito em péssimas condições de higiene e expostos a maus-tratos, aprisionados em cerca de 90 gaiolas.
No local, também foram encontrados diversos tipos de armadilhas e demais equipamentos para a captura das aves. Algumas delas, inclusive, tinham anilhas adulteradas. A equipe do Governo do Estado ainda recolheu no local – duas casas desabitadas usadas como depósito – cartões anotados à mão com valores das aves e os nomes de supostos compradores.
De acordo com a análise do chefe do Sefau, João Dotto, a ação de fiscalização identificou que os animais recolhidos aguardavam para serem vendidos de forma ilegal. Também foi verificado indícios de tráfico animal. Os responsáveis pelo crime ambiental não estavam no local, mas de acordo com a informação da vizinhança, era hábito deles frequentar o depósito de forma esporádica, em especial durante as noites. “Este pouco caso no trato com os animais agravou a saúde das aves, sendo que muitas foram achadas feridas”, disse Dotto.
Espécies raras
Entre as aves encontradas, havia espécies raras, ameaçadas de extinção e de interesse do tráfico, tais como o corocochó (carpornis cucullata), cardeal amarelo (gubernatrix cristata) e o tiriba-de-testa-vermelha (pyrrhura frontalis), entre outros. Após a ação, o Comando Ambiental encaminhou documentação para abertura de processo investigativo. As multas em casos como este variam de R$ 500 a R$ 5 mil por indivíduo apreendido, conforme o estado de ameaça da espécie traficada ou vendida ilegalmente.
As aves recolhidas nesta terça-feira foram encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Zoológico de Sapucaia do Sul, ligado à Fundação Zoobotânica.
Fonte: Secretaria Estadual do Meio Ambiente