Nos dias 24 e 25 de janeiro, Porto Alegre será palco de um amplo diálogo entre os mais diferentes setores da sociedade em rede. É a edição 2014 do Conexões Globais, que ocorre dentro das atividades do Fórum Social Temático e reúne ativistas, gestores públicos, comunicadores e ativistas dos mais diferentes movimentos sociais para discutir temas como democracia 2.0, Marco Civil da Internet, soberania na rede, cultura digital e mobilização social na era da internet. As atividades vão rolar na Casa de Cultura Mario Quintana, no coração de Porto Alegre.
Para ver a programação acesse: http://www.conexoesglobais.com.br/programacao/
Como nas edições anteriores, as atividades do Conexões Globais serão transmitidas ao vivo pela internet, com cobertura colaborativa via redes sociais e espaço para ampla participação de internautas. Além dos debatedores presenciais, cada um dos Diálogos Globais traz também um webconferencista, usando na prática as possibilidades de interação das ferramentas digitais. Não faltarão as oficinas para capacitação de ativistas sociais no uso de tecnologias livres, bem como a Agência de Comunicação Colaborativa e uma série de atrações culturais.
Este ano, o Conexões Globais terá uma pequena mudança de ambiente. Ponto central das atividades nos dois anos anteriores, a Travessa dos Cataventos está em obras. Assim, os Diálogos Globais e demais atividades do Conexões2014 serão deslocadas para os espaços interiores da CCMQ, que já abrigaram algumas atividades nas edições anteriores.
Entre os temas que serão discutidos no Conexões2014, há amplo espaço para os protestos que movimentam vários lugares do mundo – e que agitaram o Brasil em junho do ano passado. Uma das mesas, “Três anos de Revoltas Interconectadas – de Túnis ao Brasil”, tratará justamente das interconexões entre as várias revoltas ao redor do mundo, enquanto o painel “As Jornadas de Junho e o Futuro da Democracia no Brasil” busca entender o que veio (e o que ainda virá) como resultado das multidões que foram à rua no país. Em apoio a essas discussões, “Tecnopolítica dos #ProtestosBR e um Enfoque Global” busca trazer à discussão o uso de ferramentas tecnológicas contemporâneas (como monitoramento, análise de dados e análise cartográfica dos protestos) no estudo dessas novas formas de organização social.
O Conexões Globais também terá espaço para uma das discussões mais importantes da atualidade. “Soberania Digital e vigilância na era da Internet” trará, a partir das denúncias do analista de informação dos EUA Edward Snowden, um intenso debate sobre a vigilância promovida por governos e corporações sobre o cidadão em rede. A lógica desenvolvimentista e o modelo de privatização de espaços públicos também estão nos Diálogos Globais do Conexões2014, dentro da mesa “Espaço público e sociedade em rede”. O diálogo sobre “Cultura de rede, colaborativa e digital” abordará os novos circuitos culturais colaborativos no Brasil, que utilizam a rede para difundir e ampliar a distribuição da megadiversidade cultural brasileira.
Maratona hacker
Este ano, o Conexões Globais também abre as portas para receber programadores, designers e outros profissionais ligados ao desenvolvimento de software para uma maratona de programação. O objetivo da Hackathon é desenvolver aplicativos inovadores que ampliem o acesso às informações e dados governamentais.
Edições anteriores
Nas edições 2012 e 2013, o Conexões Globais levou aproximadamente 18 mil pessoas à CCMQ. Mais de 150 mil internautas de diferentes partes do Brasil e do mundo assistiram e enviaram suas contribuições via internet. A transmissão online dos Diálogos Globais e das demais atividades teve duração de 53 horas. E cerca de 600 ativistas sociais participaram das oficinas, em um amplo espaço de discussão e construção coletiva. A ideia é que tudo isso se intensifique na edição 2014 do Conexões Globais – todos estão convidados a participar dessa construção do novo, em nosso país e no mundo todo.
O Conexões Globais é realizado pela Associação Software Livre com apoio do Governo RS e da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Fonte: Cultura RS