O governo do Estado realizou, na tarde desta quinta-feira (25/2), a assinatura dos projetos aprovados no primeiro edital Techfuturo, lançado em setembro de 2020. O programa da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), financiado em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (Sebrae-RS), investirá R$ 5,6 milhões em 37 projetos voltados a tecnologias inovadoras que contribuam para setores econômicos portadores de futuro.
A assinatura – que contou com a presença do governador Eduardo Leite, do secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luís Lamb, do diretor-presidente da Fapergs, Odir Dellagostin, e do diretor-superintendente do Sebrae-RS, André Godoy – foi transmitida ao vivo no canal do governo do Estado no Youtube. Clique aqui para assistir.
“Por mais paradoxal que pareça, embora a pandemia pareça ofuscar esse ato de hoje, é também a pandemia que coloca em evidência, aos olhos da população, a importância que devemos dar à valorização da ciência e da pesquisa. Precisamos fortalecer quem empreende para levar essa inovação ao mercado, para a vida das pessoas. A assinatura desses projetos é o início de uma virada de chave, com apoio da Fapergs e do Sebrae, apostando no futuro a partir da capacidade empreendedora e de conhecimento do nosso povo gaúcho”, destacou o governador Eduardo Leite.
Ao todo, foram 140 propostas inscritas, sendo 37 aprovadas, voltadas à implementação de tecnologias portadoras de futuro de todo o Estado. As selecionadas estão distribuídas em 16 cidades do Estado: 14 de Porto Alegre; cinco de Caxias do Sul, três de Santa Maria, duas de Canoas, duas de Rio Grande e uma em cada uma das seguintes cidades: Bento Gonçalves, Imigrante, Independência, Lajeado, Novo Hamburgo, Panambi, Passo Fundo, Salvador das Missões, Santa Cruz do Sul, Taquara e Teutônia.
“A inovação no centro da estratégia de desenvolvimento requer investimento em soluções inovadoras que tenham impacto econômico, ou seja, que gerem valor e inovação perceptíveis. Incentivamos a parceria entre empresas e universidades para transformar a pesquisa em tecnologias, processos e produtos”, disse o secretário Lamb sobre a união entre as instituições e o resultado esperado.
O público-alvo do edital foram empresas dos setores estratégicos da matriz produtiva gaúcha, de qualquer porte, com CNPJ ativo e registrado no RS e enquadradas dentro das categorias de empresa de pequeno porte, microempresa ou MEI; tecnologias abertas entre empresas de qualquer porte; grandes e médias empresas.
Os projetos que foram selecionados irão abordar a aplicação de uma das Tecnologias Portadoras de Futuro, estabelecidas no documento “RS um Estado Inovador: Diretrizes Estratégicas 2018/2028”, elaborado pelo Conselho de Ciência e Tecnologia do RS. São elas inteligência artificial (nove projetos); biotecnologia (sete projetos); internet das coisas (cinco projetos); materiais avançados (cinco projetos); dispositivos web e comunicação (três projetos); manufatura avançada (três projetos); conectividade (dois projetos); eletrônica e ótica avançada (um projeto); sistemas de energia (um projeto); software e hardware, incluindo blockchain (um projeto).
Sobre o Techfuturo
O programa Techfuturo foi instituído pelo Decreto 55.382 de 23 de julho de 2020 e tem os seguintes objetivos:
• Facilitar a interlocução entre academia, empresas e startups para a identificação de oportunidades de projetos de inovação contemplando as tecnologias portadoras de futuro;
• Ampliar o número de projetos de transferência de tecnologia entre universidades, empresas e startups;
• Gerar maior valor econômico, a partir do estoque de capital intelectual existente, incentivando desta maneira sua permanência no Estado;
• Apoiar e fomentar projetos de inovação que envolvam as tecnologias portadoras de futuro entre academia, institutos de ciência e tecnologia, empresas e startups.
Nesse sentido, desenvolve ações e parcerias que promovem a conexão entre as tecnologias portadoras de futuro e os setores estratégicos da economia gaúcha, conforme previsto nas diretrizes estratégicas de inovação (2018-2028), aprovadas pelo Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia, com o objetivo de transformar a matriz econômica do Estado em uma economia intensiva em conhecimento. As principais ações deste programa visam a promoção de inovação aberta, editais de pesquisa aplicada, aproximação de atores, atração de investimentos, capacitação de profissionais, entre outros.
Na viabilização do programa estão parceiros como institutos de ciência e tecnologia, núcleos de inovação e transferência de tecnologias, Fapergs, incubadoras, parques científicos e tecnológicos, ambientes de inovação, unidades Embrapii, empresas de pequeno, médio e grande porte, startups, Fiergs, Senai, Sebrae, Rede RS Indústria 4.0, Reginp, associações setoriais, agências de fomento etc.
Texto: Raiza Roznieski/Ascom Sict e Suzy Scarton
Edição: Marcelo Flach/Secom