A Secretaria de Minas e Energia (SME) prepara para este mês de junho o Programa RS Energias Renováveis, cujos detalhes foram apresentados na primeira reunião do Comitê Gestor, recentemente, na sede da secretaria. O imenso potencial do Rio Grande do Sul para a geração de energia limpa e renovável poderá assim ser melhor aproveitado. A proposta da secretaria é fomentar o crescimento do setor energético renovável com ações que facilitem e deem rapidez ao andamento dos projetos que utilizam energia limpa, como as de fontes solar, eólica, hídrica e de biomassa. De acordo com o diretor de Inovação e Fontes Alternativas da SME, Carlos Augusto Almeida, uma linha de crédito está sendo criada junto ao Badesul e BRDE para construção de empreendimentos e compra de equipamentos.
De acordo com o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, o Rio Grande do Sul segue a tendência mundial de ampliação na sua matriz energética da oferta de energia a partir de fontes renováveis. “O programa oferece alternativas para redução da crise energética nacional, além de diversificar de forma sustentável a matriz energética. Uma vantagem importante é que o programa nos dá autonomia na geração de energia e permite melhor aproveitamento dos recursos energéticos gaúchos”, afirma.
Na área de energia eólica, por exemplo, o Rio Grande do Sul tem capacidade instalada de 1,55 GW, mas um potencial ainda inexplorado da ordem de 103 GW. Levantamento da secretaria aponta ainda que o potencial para geração de energia a partir da biomassa é de 850MW, havendo neste momento 351MW instalados. Da mesma forma, a geração de energia hídrica possui instalados 602MW e um potencial para gerar até 10,1GW de energia. Já em relação à produção de energia fotovoltaica, a secretaria trabalha na preparação do Atlas Solarimetrico, que vai mostrar a capacidade estadual de produzir a partir desta fonte.
O programa será gerido por um Comitê Gestor, formado por órgãos e entidades governamentais, que será responsável pela avaliação e acompanhamento dos projetos inscritos no programa. Também vai propor a inclusão e exclusão de ações, como incentivos e benefícios, definirá metas e fará a avaliação de desempenho. Participam do Comitê Gestor, além da SME, a Fepam, o Badesul, o BRDE, a FEE (Fundação de Economia e Estatística), o Comitê de Planejamento Energético do Rio Grande do Sul (Copergs), Procuradoria Geral do Estado (PGE), além das secretarias do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.
Texto: Ascom SME
Edição: Léa Aragón/Secom
Foto: Divulgação SME