O Rio Grande do Sul está com 66 casos de dengue confirmados, dos quais 31 são de pessoas que adquiriram a doença em viagem a outros estados e 35 são autóctones (doença contraída na cidade de domicílio). Os números atualizados foram divulgados nesta terça-feira (24) pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs/RS) e são referentes ao período entre 1º de janeiro de 2015 e 21 de março último, contabilizando ainda 557 casos suspeitos de dengue investigados no RS.
O Cevs, por meio das vigilâncias ambiental e epidemiológica, iniciou, desde a última sexta-feira (20), o monitoramento semanal da situação da dengue no Estado, mantendo o alerta na Região Missioneira, que contabiliza 27 casos autóctones em Caibaté. Além do município, estão com confirmação de casos autóctones, Porto Alegre (1) e Panambi (7).
Segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), divulgado pelo Ministério da Saúde, em 12 de março, 17 municípios gaúchos estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias (larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis) e 20, em alerta (menos de 3,9% dos imóveis têm larvas do mosquito). Revela ainda que 15 cidades apresentam índice satisfatório (abaixo de 1% de residências com larvas do mosquito). No total, 52 municípios gaúchos realizaram o levantamento, entre janeiro e fevereiro deste ano.
No Estado, o LIRAa é prioritariamente realizado pelos municípios infestados pelo mosquito da dengue, os de balneário, os com mais de 50 mil habitantes e os de fronteira internacional, conforme a Nota Técnica 01/2013 do? Cevs.
“No momento, estamos conscientizando os municípios gaúchos sobre a importância de realizarem o LIRAa. A ação é fundamental para que os gestores municipais de saúde possam planejar e executar as ações de combate ao vetor da dengue em conjunto com a sua comunidade”?, avalia a chefe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde do Cevs, Rosane Prato.
O LIRAa também identifica os bairros em que há mais focos de reprodução do mosquito e o tipo de criadouros encontrados. Entre os focos mais frequentes apontados no levantamento, estão os depósitos móveis tais como vasos, recipientes plásticos, garrafas e latas com água, sucatas em pátios, ferros-velhos e recicladoras. Também foram detectados focos em pneus e outros materiais rodantes (manchões, câmaras) e depósitos de água para consumo humano no nível do solo.
Os 17 municípios classificados como de risco para a dengue no RS são Espumoso, Tucunduva, Alecrim, Tuparendi, Giruá, Santa Rosa, Cândido Godoi, Guarani das Missões, Bossoroca, São Miguel das Missões, Três de Maio, Nova Candelária, Boa Vista do Buricá, Independência, Santo Cristo, Santo Antônio das Missões e Doutor Maurício Cardoso.
Já os municípios em estado de alerta são Eugênio de Castro, Porto Alegre, Porto Lucena, Carazinho, Tapejara, Tapera, Horizontina, Viamão, São Pedro do Butiá, Canoas, Novo Machado, Alegria, São José do Inhacorá, Cerro Largo, Campina das Missões, São Paulo das Missões, Cachoeirinha, Porto Vera Cruz, Senador Salgado Filho, Salvador das Missões.
Texto: Ana Fumegalli
Edição: Redação Palácio Piratini/Coordenação de Comunicação