O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de abril apresentou variação de 0,67% e ficou abaixo da taxa de 0,92% registrada no mês de março em 0,25 ponto percentual. No ano, o IPCA acumula, com esses números de abril, variação de 2,86% e, em 12 meses, de 6,28%. Em abril do ano passado, o indicador ficou em 0,55%.
De acordo com a análise feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (9), os grupos que mais influenciaram os resultados do índice foram os de alimentação e bebida, que tiveram um recuo da taxa de 1,92% para 1,19%, seguido pelo de transporte que variou de 1,38% para 0,32%.
No grupo de alimentação e bebida, os preços dos alimentos consumidos dentro de casa subiu menos, de 2,43% para 1,52%, e fora de casa, de 0,96% para 0,57%. O preço do tomate – considerado um dos vilões da inflação – também desacelerou em abriu para 1,94%, após ficar 32,85% mais caro no mês anterior.
Já no grupo dos transportes, o destaque veio para a queda nos valores das passagens aéreas, que apresentaram um recuo de 1,87% após os preços terem subido 26,49% em março. Outro item do grupo que também contribuiu para o recuo do IPCA foi o combustível. O etanol passou de 4,17% em março para 0,59% em abril, e a gasolina, de 0,67% para 0,43%. No caso das tarifas de ônibus urbano, a alta dos preços perdeu força e passou de 0,60% para 0,24%.
O IBGE também registrou queda na taxa de despesas pessoais (de 0,79% para 0,31%), causadas principalmente pela queda de 0,02% nos preços dos serviços de manicure, e a desaceleração de 0,58% nos custos relativos a empregado domésticos e cabeleireiro (0,03%).
Os grupos que apresentaram em abril variações superiores a março foram de saúde e cuidados pessoais (1,01% ante 0,43%), em decorrência do reajuste – programado – nos preços dos medicamentos, cuja alta ficou em 1,84%. Os gastos com habitação também mostraram aumento (de 0,33% para 0,87%), motivado pelo avanço nos preços da energia elétrica, reajustados em algumas capitais.
Na analise regional, a maior variação do IPCA foi em Porto Alegre e Fortaleza (ambas com 1,08%). Já o menor índice foi observado no Rio de Janeiro (0,42%).
Índice de Preços ao Consumidor Amplo
Considerado a “inflação oficial” do país, o índice costuma ser usado como base para as metas do governo federal. Os dados se referem às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia e Campo Grande.
Fonte: IBGE