Integrar a identificação biométrica de indivíduos, diminuindo o risco de fraudes e ampliando a eficiência dos Estados. Esses são os objetivos de um estudo que está sendo realizado, de forma pioneira no Brasil, entre representantes dos Institutos Gerais de Perícia do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Nos dias 18 e 19 de setembro a Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) sediou, em parceria com a Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar ) e com o Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc), um encontro que teve por objetivo discutir os objetivos, as bases e as possibilidades técnicas desta integração.
Por tratar-se de uma integração entre bases de dados distintas, será necessária a definição de padrões de interoperabilidade entre as mesmas. Entre os benefícios estão a possibilidade de identificação, a partir de registros biométricos (impressões digitais por exemplo), de indivíduos suspeitos ou simplesmente não portadores de documento de identidade. O cruzamento de dados entre os Estados poderá denunciar eventuais fraudes (nomes ou identidades falsas) e ainda auxiliar na identificação de corpos, em caso de necessidade.
Segundo o diretor do Departamento de Identificação do RS, Carlos Eduardo Falcão Pereira, esse esforço “poderá representar um importante primeiro passo no sentido de sugerirmos um modelo inicial ao Registro de Identificação Civil (RIC), que é o cadastro único do indivíduo em todo o Brasil. Transformado em lei desde 1997, a criação deste cadastro nacional único tem esbarrado, de certa forma, na complexidade da sua implantação. Estamos tentando construir um caminho”.
Conforme o diretor do Instituto de Identificação do Paraná, Newton Tadeu Rocha, os Estados do Sul “estão trabalhando para tentar apontar um caminho prático, que represente uma boa relação custo/benefício, e que possa vir a ser utilizado como modelo por outros Estados e, quem sabe, pelo RIC. O Paraná, com o apoio da Celepar, já integrou bases de alguns órgãos através do mesmo conceito, e tem obtido bons resultados”.
Já a assessora do Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina, Margarete Goularte, aponta que este é um bom momento para avançar neste tema: “Nos últimos dois anos temos visto importantes avanços nas questões de segurança pública em decorrência dos grandes eventos que o Brasil sediará. É uma boa oportunidade para agregarmos tecnologia da informação à esses processos, ampliando a eficiência dos Estados.”
Fonte: Governo do RS